A poesia portuguesa contemporânea em diálogo com o I Ching (ou Yi Jing)
Resumo
Em 2006, a poetisa e artista plástica, Fernanda Dias, tornava público o seu trabalho visionário de transcriação poética de um dos livros mais importantes e conhecidos da cultura chinesa — o Yi Jing (I Ching), conhecido como o Livro das mutações. Depois de receber, das mãos do padre Joaquim Guerra, a sua tradução, e de ter contato com outras conhecidas traduções e convivência com a arte chinesa nas ruas do Bazar e nos museus de Arte Antiga de Macau, a autora começou a reimaginar o livro com seus cantos de colheitas, caçadas, relatos de migrações, de guerreiros e de imperadores. Quando recebeu a versão do mestre taoista Wu Jyh Cherng, única direta do chinês para o português, reordenou os seus textos e reexaminou as qualidades imagéticas, fruto de uma aliança entre as suas visões de poetisa e a constante atenção e fascínio pela arte dos primórdios da história da China, seus jades, suas cerâmicas pintadas, seus bronzes, seus artefatos cerimoniais. O sol, a lua e a via do fio de seda é uma obra única, nas fronteiras da sinologia que se desenvolveu em Macau, das teias da difícil arte de traduzir uma língua ideogrâmica para uma língua vernácula e do devir criativo que este clássico chinês tem inspirado ao longo do tempo. Este trabalho vai buscar identificar os limites dessa transcriação poética, as suas fontes e as principais chaves de tradução aplicadas. Buscará relacionar esta a outras traduções de Fernanda Dias e, ainda, à sua obra poética.Downloads
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