Mateus, anarquista: o “homem delinquente” em Amanhã (1901)
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2022.n47a476Palavras-chave:
Naturalismo, Abel Botelho, Positivismo, Cesare LombrosoResumo
Objetiva-se analisar Mateus, protagonista do romance naturalista Amanhã (1901), de Abel Botelho. No final do século XIX, Cesare Lombroso escreve O homem delinquente (1876) e Os anarquistas (1894), em que propõe traçar o perfil de um “delinquente nato”. Em Portugal, Abel Botelho publica a pentalogia intitulada “Patologia Social”, com a qual pretendeu criticar a sociedade portuguesa finissecular, e da qual faz parte Amanhã. Devido ao contexto histórico, sugere-se que Abel Botelho leu as obras de Cesare Lombroso para construir o protagonista de Amanhã. Como procuraremos demonstrar, desde a infância de Mateus, identificamos características que formarão seu caráter de “homem delinquente”.
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