“Há um mundo que se quebra quando eu falo”: a emancipação do corpo feminino em O silêncio, de Teolinda Gersão

Autores

  • Ângela Beatriz de Carvalho Faria Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2022.n48a492

Palavras-chave:

O Silêncio, Teolinda Gersão, Representações contemporâneas da subjetividade, Ficção Portuguesa Contemporânea, Autoria Feminina, século XX

Resumo

Encontrar-se existindo no mundo em permanente diálogo consigo mesmo e com os outros é um dos temas recorrentes na ficção portuguesa contemporânea de autoria feminina, que assinala a construção da subjetividade. A tensão entre existência e linguagem torna-se representativa dos problemas metafísicos inerentes à condição humana, uma vez que “não nos contentamos em viver: precisamos saber o que somos, necessitamos comprendê-lo para dizer ao outro ou para nós mesmos aquilo em que nos vamos tornando”. Em O silêncio, de Teolinda Gersão, a inexistência do amor entre um homem e uma mulher resulta da separação das consciências, do cruzamento de dois mundos que não se tocam e da impossibilidade da fala.

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Biografia do Autor

Ângela Beatriz de Carvalho Faria, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutora em Letras Vernáculas - Literatura Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é Professor Associado 4 da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Ficção Portuguesa Contemporânea, Guerra Colonial Africana, Escrita de Autoria Feminina, Memória e História. O atual Projeto de Pesquisa, intitulado “A (im)possibilidade de dar corpo ao passado na arte e na narrativa do século XXI”, estabelece um diálogo intersemiótico entre literatura, cinema, pintura, história da arte e filosofia.

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Publicado

2022-11-10

Como Citar

Faria, Ângela B. de C. (2022). “Há um mundo que se quebra quando eu falo”: a emancipação do corpo feminino em O silêncio, de Teolinda Gersão. Convergência Lusíada, 33(48), 150–169. https://doi.org/10.37508/rcl.2022.n48a492