Em busca de uma “anestesia verbal suficiente” – sobrevoando a génese de Finisterra, Paisagem e Povoamento, de Carlos de Oliveira
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2023.n50a534Palavras-chave:
Arquivo, Espólio, Génese, CríticaResumo
Este ensaio centra-se em quatro objetos materiais definidos que se encontram nos arquivos do espólio do escritor Carlos de Oliveira (1921-1981), presentemente ao cuidado do Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira, Portugal. Trata-se de três cadernos manuscritos, dois deles anteriores à publicação de Finisterra, Paisagem e Povoamento (romance de 1978), e um posterior; e um conjunto de 5 folhas dispersas datilografadas, datadas de 1970, com o título “Cosmogonia”. Nos dois cadernos anteriores à data de publicação, o autor esboça aquilo a que chama “apontamentos” e “esquemas”, para além de uma série de considerações sobre o ofício da escrita. No terceiro, Carlos de Oliveira responde a “uma leitora curiosa” do romance, explicando detalhes e referências e insurgindo-se contra a crítica que, nas suas palavras, “não entendeu” a lógica intrínseca da narrativa. A “Cosmogonia”, por seu lado, representa uma justificação “filosófica” para o romance. De um modo enfático, essas 27 páginas manuscritas permitem recuperar, em movimento contínuo e progressivo, tanto a anterioridade do romance como uma parte – crucial – da sua posteridade.
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Referências
OLIVEIRA, Carlos de.Finisterra – Paisagem e Povoamento. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1978.
Espólio de Carlos de Oliveira (Museu do Neo-Realismo): Pasta A.25, Caderno Pequeno, Cadernos Pretos, Caixa 23.
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