A virada social e política de António Botto em Ainda não se escreveu (1959)
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2023.n49a589Palavras-chave:
antónio botto, poesia portuguesa, história literária, poesia socialResumo
Ainda não se escreveu (1959), livro póstumo de António Botto, reúne a poesia realizada durante os seus anos de exílio no Brasil (1947-1959). Entre os variados temas que são abordados na obra, uma das principais marcas é a virada social e política empreendida pelo poeta em sua fase tardia, significativa da substancial reformulação do seu projeto poético. Nesse conjunto de poemas, o poeta apresenta uma ambivalente e contraditória maneira de refletir as questões sociopolíticas de seu contexto histórico, revelando um testemunho que mescla posicionamentos conservadores, sobretudo anticomunistas e católicos, com outros progressistas, com certos ecos e procedimentos da poesia neorrealista.
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