"Ver-me-ás folhear os grandes livros e decidir os pleitos": a leitura desvelada nos processos judiciais setecentistas
Palavras-chave:
Práticas de Leitura, Advogados, Minas Gerais, Século XVIIIResumo
As investigações acerca das práticas de leitura esbarram em empecilhos que são próprios da natureza do objeto. A leitura quase não deixa indícios de sua atividade, o movimento dos olhos a decifrar os sinais gráficos não fica gravado no texto. Diante da natureza delével da leitura, Roger Charcier considera que o melhor método para o estudo das leituras é não recusar nenhuma das percepções que permitem reconstruir, pelo menos parcialmente, o que os leitores faziam das suas leituras. Neste sentido, a presente comunicação tratará de fontes ainda pouco exploradas, mas que podem contribuir na investigação das práticas de leitura na América portuguesa, quais sejam: as ações judiciais. Mais precisamente, serão analisados os processos criminais e cíveis que foram movidos em Mariana, Minas Gerais, em fins do século XVIII. Um dos objetivos da comunicação é apontar para as possibilidades e limites que as ações judiciais oferecem à investigação das práticas da leitura. Em um segundo momento, pretende-se apresentar o que os advogados faziam de suas leituras, os usos que davam às leituras nas ações judiciais. E, por fim, identificar possíveis diferenças nessas práticas, relacionando-as com a reforma pombalina da Universidade de Coimbra.
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