A rapariga que temia a impostura da língua: uma análise do duplo llansoliano em Um beijo dado mais tarde
Resumo
Este artigo propõe uma análise do duplo na obra Um beijo dado mais tarde, de Maria Gabriela Llansol a partir de um viés psicanalítico e filosófico. A figura llansoliana de Témia, a rapariga que [não] temia a impostura da língua, é pensada aqui como um duplo da narradora Gabriela, que busca acertar as contas com a língua silenciada por segredos e lacunas familiares. As considerações da psicanálise, com Freud e Otto Rank, e dos filósofos Clément Rosset e Gilles Deleuze, dentre outros autores, buscam estabelecer as relações entre o eu representado no texto pela voz da narradora e seu desdobramento, seu duplo, configurado através de várias figuras na vertiginosa narrativa de Llansol, mas encabeçado, sobretudo, por Témia.Downloads
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