Aguilhão e culpa: Valter Hugo Mãe e Bernardo Kucinski em diálogo

Autores

  • Maria Célia Martirani Universidade Federal do Paraná (UFPR)

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2020.n44a394

Palavras-chave:

Valter Hugo Mãe, Bernardo Kucinski, aguilhão e culpa, salazarismo, ditadura militar brasileira

Resumo

A partir de um prisma comparatista, o presente estudo visa propor um diálogo entre as obras a máquina de fazer espanhóis (2011), de Valter Hugo Mãe, e K.: relato de uma busca (2016), de Bernardo Kucinski. Tanto o sa­lazarismo quanto a ditadura militar brasileira (guardadas as devidas di­ferenças e respectivos contextos históricos) podem ser lidos, metaforica­mente, como grandes males, que afetaram de modo cabal o corpo social português e o brasileiro. Os protagonistas dos dois romances, cada qual a seu modo, reagem de maneira distinta às pressões alienantes daquele “grande mal” elucidado por Hannah Arendt em Origens do totalitarismo (2012), vivenciando na própria pele o aguilhão da culpa, nos termos pro­postos por Elias Canetti em Massa e poder (1995).

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Biografia do Autor

Maria Célia Martirani, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

É doutora em Teoria Literária e Literatura Com­parada pela Universidade de São Paulo e pós-doutora em Literatura e Imagem pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Foi professora do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas – área de Língua e Lite­ratura Italiana (UFPR). Atua como tradutora, crítica literária e tem inte­resse particular em Literatura Comparada.

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Publicado

2020-12-30

Como Citar

Martirani, M. C. (2020). Aguilhão e culpa: Valter Hugo Mãe e Bernardo Kucinski em diálogo. Convergência Lusíada, 31(44), 296–320. https://doi.org/10.37508/rcl.2020.n44a394