Elitismo para o povo: Cesário Verde e a estética antiburguesa

Autores

  • Emilio Maciel Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2020.n44a416

Palavras-chave:

lírica, memória cultural, democracia, estética anti¬burguesa

Resumo

Leitura de um dos poemas mais intrigantes de Cesário Verde, este ensaio discute os modos pelos quais o texto de “Humilhações” tenta lidar com a natureza centrífuga e disruptiva da experiência moderna, tomando como primeira moldura de referência o novo frisson inaugurado pelas Flores do mal de Baudelaire. Ao mesmo tempo, ao analisar a violenta mudança de tom e velocidade nas últimas duas estrofes — quando o narrador deixa o átrio do teatro para descobrir-se bem no meio de um confronto entre povo e polícia —, procura-se mostrar, de um lado, como ao longo do po­ema o compromisso de dar rosto e voz aos novos atores políticos anda de mãos dadas com um intenso respeito pela opacidade e inacabamento dessa condição, e, de outro, as estratégias formais concebidas para honrar tal aposta.

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Biografia do Autor

Emilio Maciel, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

É doutor em Literatura Comparada pela Universidade Fe­deral de Minas Gerais e professor de Teoria Literária no Departamento de Letras da Universidade Federal de Ouro Preto. Publicou textos sobre autores como Giacomo Leopardi, Silviano Santiago, Charles Baudelaire, Almeida Garrett, Bob Dylan, Clarice Lispector, entre outros. Participou recentemente da coletânea Literatura mineira: trezentos anos (BRAN­DÃO, Jacyntho Lins [org.]. Belo Horizonte: BDMG Cultural, 2020), com o ensaio “Os bens e o sangue: o romance em Minas, entre a mobilidade e o imobilismo”.

Referências

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Publicado

2020-12-30

Como Citar

Maciel, E. (2020). Elitismo para o povo: Cesário Verde e a estética antiburguesa. Convergência Lusíada, 31(44), 141–165. https://doi.org/10.37508/rcl.2020.n44a416