Dois modos de narrar a criança criminosa na literatura brasileira novecentista: Jorge Amado e Murilo Rubião

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2022.n47a478

Palavras-chave:

Gótico, narrador, Jorge Amado, Murilo Rubião, crianças

Resumo

A partir de trabalhos críticos como os de Steven Bruhm (2006) e Robin Wood (2020), este artigo reflete sobre as relações entre a infância e o cri­me em obras novecentistas tributárias das poéticas negativas. Partimos da hipótese de que há dois modos de narração preponderantes: (i) narrado­res denunciadores, que evidenciam a monstruosidade infantil como uma consequência de problemas sociais; e (ii) narradores impassíveis, que, ao não oferecerem justificativas explícitas para a criminalidade infantil, ten­dem a apresentá-la como inata. Para ilustrarmos essas premissas, toma­mos o romance Capitães da Areia (1937), de Jorge Amado, e o conto “A Casa do Girassol Vermelho” (1947), de Murilo Rubião.

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Biografia do Autor

Júlio França, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor associado de Teoria da Literatura na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem doutorado em Literatura Comparada pela UFF (2006), com pós-doutorado na Brown Universi­ty (2014-2015). Pesquisador do CNPq e Bolsista do programa Prociência (UERJ/FAPERJ), é coordenador do grupo de pesquisa Estudos do Gótico (CNPq) e coeditor do periódico acadêmico Abusões.

Daniel Augusto Pereira Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando em Teoria da Litera­tura e Literatura Comparada (UERJ) e bolsista CAPES sob orientação do Prof. Dr. Júlio França. Seu projeto de tese trata do grotesco na prosa de fic­ção decadente brasileira e francesa. Atualmente, trabalha como professor substituto do setor de Letras Francesas da UFRJ.

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Publicado

2022-08-14

Como Citar

França, J., & Pereira Silva, D. A. (2022). Dois modos de narrar a criança criminosa na literatura brasileira novecentista: Jorge Amado e Murilo Rubião. Convergência Lusíada, 33(47), 148–174. https://doi.org/10.37508/rcl.2022.n47a478