Pessanha correspondente: a máscara do melancólico
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2023.n50a537Palavras-chave:
Camilo Pessanha, Correspondência, Discurso, MelancoliaResumo
O trabalho visa a leitura de parcela da produção epistolar, em especial a correspondência com Carlos Amaro, do poeta português Camilo Pessanha. Em 1908, seu irmão Manuel é internado por razões psiquiátricas no Porto, e sua sombra passa à correspondência do poeta. O tom de comiseração consigo próprio se acentua, acompanhado de um discurso melancólico. Buscamos analisar tal discurso, valendo-nos tanto de bibliografia a respeito da escrita epistolar, Diaz (2016) e Haroche-Bouzinac (2016), bem como de Starobinski (2016) sobre a melancolia. Concluímos que Pessanha frequentemente constrói sua autoimagem como vítima da melancolia, especialmente atrelando-a à figura fraterna.
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