O pensamento filosófico de Agostinho da Silva
Palavras-chave:
Pensamento filosófico, Filosofia como reflexão, Filosofia como ars vivendi, Coordenadas fundantes da filosofia, Filosofia criacionistaResumo
Expõe-se neste texto o teor e a qualidade do pensamento filosófico de Agostinho da Silva. Mostra-se que a tônica espiritual de Agostinho é itinerante, ontológica, religiosa e mística, sempre carregada da relação contextual da cultura lusíada. Agostinho cria doutrinas, teses e reflexões sobre o homem e o mundo. Mostra luz própria e coloca suas reflexões no caminho dos caminhantes da filosofia. De maneira adequada, usa a filosofia como reflexão. O grande destaque da natureza desta reflexão é a opção que Agostinho faz pela filosofia como pensamento vivo, dando à filosofia a função de ser uma teorização para a arte de bem viver. A filosofia de Agostinho caracteriza-se também como um instrumento ancilar, ou seja, a filosofia é prestadora de serviços. Entre esses serviços, vemo-la como ato teorizante e fundante da descoberta e exercício da identidade portuguesa e também como instrumento pedagógico para orientação e doutrinação da missão de Portugal no mundo. Ao lado disso, há textos que a colocam a serviço da hermenêutica da história e da cultura e do destino de Portugal. Na tentativa de mostrar os caminhos da identidade portuguesa, Agostinho recorre à idéia criacionista, mostrando que é o próprio homem que tem de abrir horizontes para a construção de seus caminhos. Essa idéia criacionista era uma idéia preferencial que seu mestre Leonardo Coimbra defendia desde a publicação de seu livro O Criacionismo em 1912 e que mais tarde levou para a Faculdade de Letras do Porto. No decurso de suas explanações opta pela filosofia como ato vital. A filosofia será por isso, no fundo, conforme expõe claramente em Sete cartas a um jovem filósofo, acima de tudo, uma teorização básica sobre a arte de viver - o que termina por ser uma adesão à tese da philosophia ut ars vivendi, na seqüência de grandes outros mestres numa linha que vem desde Platão, seguindo adiante através de Santo Agostinho, São Boaventura, Pascal e Henri Bergson.
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