António Nobre, Alphonsus de Guimaraens e outros simbolistas - lntertextualidades

Autores

  • Annie Gisele Fernandes Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave:

Simbolismo, Nobre, Alphonsus, popular, musicalidade

Resumo

Antonio Nobre e Alphonsus de Guimaraens destacam-se no contexto do Simbolismo português e brasileiro, respectivamente, pois através de inovações estético-formais e temáticas desenvolveram aquela sensibilidade poética não à moda do Simbolismo francês, como Eugénio de Castro e Cruz e Souza, por exemplo, mas sim a sua moda. Nobre e Guimarães distinguem-se porque, no contexto de suas respectivas gerações, poetizaram o apego ao local de origem e ao que lhe é típico, porque, ao valorizar o popular, introduziram em seus poemas a oralidade, da qual advém, em parte, a musicalidade, tão cara aos simbolistas, alguns elemenos de fé cristã popularmente vivenciada, o cotidiano das regiões provincianas. Essas inovações antecipam recursos relacionados a um dos principais pontos do programa poético modernista: o volksgeist.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Annie Gisele Fernandes, Universidade de São Paulo (USP)

Professora doutora da área de Literatura Portuguesa da Universidade de São Paulo. Fez Pós-Doutorado entre 2002-2003 e tem várias publicações sobre a literatura da segunda metade do século XIX e as duas primeiras décadas do XX, período a que tem se dedicado em suas investigações. Ossian é poeta escocês lendário, do século II e foi epíteto sob o qual James Macpherson (1736-1796) publicou coletânea de poemas em 1760, intitulada Fragments of Ancient Poetry Collected in the Highlands ofScotland, and Translated from the Gaelic or Erse Language (Fragmentos da primitiva poesia recolhida nas Terras Altas de Escócia, e traduzidas da língua gaélica ou erse), que desenvolveu o gosto pela poesia medieval, popular, espontânea, primitiva.

Downloads

Publicado

2005-12-30

Como Citar

Gisele Fernandes, A. (2005). António Nobre, Alphonsus de Guimaraens e outros simbolistas - lntertextualidades. Convergência Lusíada, 19(21), 62–79. Recuperado de https://convergencia.emnuvens.com.br/rcl/article/view/687