Blimunda Sete-Luas: lucidez na opacidade?

Autores

  • Vanessa Ribeiro Teixeira Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2023.nEsp.a892

Palavras-chave:

José Saramago, Memorial do Convento, Blimunda Sete-Luas, Édouard Glissant, Opacidade

Resumo

Partindo das reflexões de Édouard Glissant em “Para a opacidade”, evoco Blimunda Sete-Luas, personagem-protagonista do Memorial do Conven­to, como aquela que surge trazendo luz aos espaços recônditos da História, marginalizados pelas Leis do seu tempo e espaço, mas respeitando-lhes o segredo, pois o segredo para os oprimidos da História é estratégia de so­brevivência. Minha hipótese é a de que a relação entre a visão singular de Blimunda e o direito à opacidade como uma prática de liberdade e bem­-viver se pode comprovar através da forma como a personagem constrói sua relação de amor com Baltasar Sete-Sóis.

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Biografia do Autor

Vanessa Ribeiro Teixeira, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Professora Adjunta e Supervisora do Setor de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da Faculdade de Le­tras da UFRJ.

Referências

GLISSANT, Édouard. Para a opacidade. In:---. Poética da relação. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021, p. 219-225.

SARAMAGO, José. Memorial do Convento. São Paulo: DIFEL, 1983.

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Publicado

2023-08-25

Como Citar

Teixeira, V. R. (2023). Blimunda Sete-Luas: lucidez na opacidade? . Convergência Lusíada, 34(Esp.), 92–99. https://doi.org/10.37508/rcl.2023.nEsp.a892