O mapeamento cognitivo do Rio de Janeiro na ficção de Rubem Fonseca

Autores/as

  • Paulo Teixeira

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2019.n41a323

Palabras clave:

mapeamento cognitivo, pós-modernidade, Rio de Janeiro, Rubem Fonseca.

Resumen

Fredric Jameson defende que o posicionamento do indivíduo na pós-modernidade torna inevitável o recurso à prática do mapeamento cognitivo, que o autor descreve como um método de localização e de orientação por meio do qual o sujeito, descentrado pela mudança para um novo tipo de espaço, se pode reorientar a si mesmo. Em cada uma das narrativas de Rubem Fonseca, os personagens dependem da sua capacidade de localização e de orientação no espaço urbano do Rio de Janeiro. A ênfase nesses processos revela em que medida este autor reconhece a importância do espaço na construção da subjetividade e nas possibilidades de ação dos seus personagens.

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Publicado

2019-07-11

Cómo citar

Teixeira, P. (2019). O mapeamento cognitivo do Rio de Janeiro na ficção de Rubem Fonseca. Convergência Lusíada, 30(41), 83–94. https://doi.org/10.37508/rcl.2019.n41a323