L'annulation du roman : une réflexion critique sur la lecture et la censure
DOI :
https://doi.org/10.37508/rcl.2025.n54a1371Mots-clés :
Annulation, Romance, Église catholique, Censure, Histoire littéraireRésumé
Le roman, en tant que genre moderne, a été la cible d'une vigilance et d'une censure constantes depuis son émergence. Les tentatives visant à « interdire » sa lecture au Brésil aujourd'hui remontent à des motivations et des contextes historiques et idéologiques du XIXe siècle, époque de son essor. Dans ce contexte, cet article aborde brièvement l'histoire du roman au Brésil et sa relation avec les pratiques de contrôle littéraire au XIXe siècle. Il établit ensuite un parallèle avec le contexte national actuel, où l'« interdiction » de livres dans les écoles brésiliennes est devenue un nouveau mécanisme de censure, supprimant les œuvres considérées comme subversives ou remettant en question certaines valeurs éthiques et morales prônées par des figures condamnant le genre. En analysant cette relation historique et actuelle entre littérature et censure, l'article suggère que, malgré l'évolution du contexte politique et social du pays, la tentative de contrôler la lecture et les récits continue de refléter les tensions idéologiques de la société. Ainsi, la littérature, et en particulier le roman, demeure un instrument de remise en question des normes sociales et des impositions puissantes.
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